Doença de Peyronie

A Doença de Peyronie é caracterizada por uma lesão fibrosa, uma placa ou um nódulo, que acomete a camada interna da túnica albugínea do corpo cavernoso do pênis, restringindo sua elasticidade e causando uma curvatura, quando em ereção.

A placa fibrosa se localiza na parte de cima do pênis (face dorsal) em 75% dos casos, pode ser pequena ou até comprometer toda a largura do pênis. Geralmente atinge o meio do pênis (1/3 médio), mas pode ser múltipla ou atingir toda a sua extensão. Dependendo da sua extensão, há além da curvatura, um encurtamento do pênis e até mesmo impossibilidade de penetração por deformidade.

Atinge geralmente homens brancos de meia idade, sendo que em homens abaixo de 40 anos ocorre em apenas 1,5%, entre 40 – 49 anos em 3%, entre 50 – 59 anos em 4% e em 6,5%, acima de 70 anos.

Em indivíduos com Doença de Peyronie observa-se curvatura peniana em 84% dos casos, dor na ereção em 47% e algum grau de impotência sexual em 41%.

A causa ainda é desconhecida, mas associa-se a microtraumatismos penianos que levariam a proliferação de fibroblastos e produção de colágeno (tecido de cicatrização).

São fatores associados à maior incidência da Doença de Peyronie: história familiar, contratura de Dupuytren (retração da fáscia de mão), doenças vasculares, diabete, hipertensão, tabagismo, consumo de álcool e cirurgia de próstata por câncer (prostatectomia radical).

Muitos homens, ao se examinarem durante o banho, observam caroços ao longo do pênis que podem ser dolorosos a palpação ou durante a ereção. O medo de tumores ou a dificuldade de ter relações sexuais geralmente é a causa da busca por auxílio com o urologista.

O diagnóstico é através da história clínica e exame físico realizados pelo urologista. Exames podem confirmar e avaliar a extensão da doença, para posterior comparação, como por exemplo, ecografia peniana e raios-x.

A evolução é variável podendo, principalmente nos primeiros meses, aumentar, permanecer inalterada ou até mesmo diminuir (inclusive com remissão completa).

A melhora da dor e indivíduos jovens podem ser os principais fatores de uma evolução favorável.

O tratamento na fase aguda, que é dolorosa, tem o objetivo de diminuir o processo inflamatório e aliviar a dor. O uso de medicações objetiva estabilizar a lesão e pode até mesmo ser resolutivo. Porém, em casos mais graves, quando não houve resultado com as medicações e existe a impossibilidade de penetração, o tratamento cirúrgico pode ser necessário.

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